A faculdade Estácio de Sá, promoveu no período de 07á 10 de maio, uma semana totalmente voltada aos conhecimentos da literatura. Vário nome da literatura mineira e brasileira esteve presente, falando das suas vivencias no mundo da literatura.Os participantes falaram como será o futuro da literatura, no mundo preocupado com a globalização, que caminhos tomáramos, o que as escolas devem fazer para que os grandes nomes dos escritores de nossa historia não seja esquecidos! Como trabalhar com as crianças para que saibam a importância da leitura no dia-a-dia delas.O assunto discutido englobou vários aspectos. Qual a literatura vivida nos espaços urbana, uma analise foi feita de como os espaços tenta mostra sua forma de literatura, atrás da comunicação visual, os desenhos dos grafiteiros.Mais o momento de maior descontração foi a presença do escritor mineiro Olavo romano, que contou como a literatura faz, uma falta no nosso dia!Ele contou causos, de suas viagem, da sua infância. De como é possível fazer literatura com o cenário globalizado,com a política e falou um de seus causos sobre como o não sabemos “negoceia.” Duas viagens ao rio São Francisco resultaram em belos textos, publicados na revistas Globo Rural e Palavra. E contou para os vários alunos de jornalismo e publicidade, professores e funcionários. Ele falou do Manuelzão, que esse nunca foram uma lenda é sim um homem que acima de tudo viveu para deixar nossa historia mais rica, Aos 30 anos Manuelzão decide largar a vida de tropeiro e segue com a roupa do corpo e um cavalo para tentar a vida na região de Carandaí. Chegando lá não encontrou trabalho e passou grandes dificuldades. Vivendo algum tempo apenas com a roupa do corpo e recebendo pouso e comida em troca do amansamento de alguns burros, Manuelzão levava uma vida primitiva. Muitas vezes tinha de andar nu esperando que secasse a única muda de roupa que tinha, e que era lavada num córrego da região.Segundo Olavo Romano, "mais do que um personagem, Manuelzão era um amigo." Sua humildade e simplicidade no trato com as pessoas criava, logo no primeiro encontro, uma grande empatia. "A alegria de viver, a afetividade com as pessoas e a tranqüilidade com que enfrentava qualquer tipo de situação é que fizeram de Manuelzão uma pessoa muito mais importante que seu personagem. Ele virou um símbolo de sabedoria e amizade que nunca se apagará em nossa memória", conclui Olavo Romano. CONTOU COMO SURGIU OS CAMINHOS PARA SAN TIAGO O pai precisava resolver uns negócios na cidade e chamou o filho para ir junto. Fazia muito tempo que Tiãozinho tinha ido a São Tiago a última vez. Estava agora com dez para onze anos, era quase um rapazinho. Botou arreio novo no rosilho, com peitoral e rabicho, coxinilho e capoteira. Tomou banho geral, vestiu o terno branco, bebeu um café reforçado e, dia amanhecendo, metia o pé na estrada. Viagem estirada, a bem dizer quatro léguas, oito ida e volta. Coisa pra macho. Por isto ia tão intimado. Na cidade, chupou picolé e experimentou refresco de groselha. Escutou conversa de homem na farmácia do João Reis, depois deu umas voltas na praça da Matriz. Comeu lombo de porco com lingüiça, tutu de feijão e couve picadinha na pensão do Luís Caputo. Escutou muita música caipira no rádio do Vicente Mendes, enquanto fazia suas compras: um pente “Flamengo”, um espelhinho de bolso com o escudo do Vasco nas costas, um canivete “Corneta”, mais dúzia e meia de bolinha de gude pra encantar as vistas e invejar os irmãos. Duas e pouco, tudo resolvido, saía de volta, acompanhando no pequira a marcha larga da Princesa, besta baia de estimação do pai.Era janeiro, dias quentes e grandes. Chegou em casa com céu ainda claro. Trocou de roupa, jantou, foi pro aconversar com os agregados. Manuel Vaqueiro pergunta: – Comé, Tiãozinho, gostou da viagem. Omenino tinha as pernas raladas, o traseiro doendo daquele estirão de quase oito léguas. Mas trazia a alma cheia de uma novidade muito bonita. Estufou o peito, tomou um ar solene e revelou ao grupo de empregados a sua importante descoberta:
– Olha, gente, quem quiser saber como este mundo é grande, viaje pros lados de São Tiago
– Olha, gente, quem quiser saber como este mundo é grande, viaje pros lados de São Tiago
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